O aniversário
Oi oi oie!! Aya chegando!
Estou aqui para uma outra pequena grande aventura de poucas linhas. Gosto da ideia de ter pessoas lendo meus trabalhos, então, se gostam do que faço, conto com vocês para que compartilhem e, assim, poderem conversar comigo e seus amigos sobre meus textos!
Bem é isso aí, vou começar agora.
O Aniversário
Numa sexta-feira, o aniversário da minha melhor amiga se passou em sua casa. Foi divertido, teve bolo e docinhos. Estávamos nos divertindo, mas, estranhamente, alguém bate na porta. Você pergunta o porquê é estranho? Simples, todas havíamos chegado – éramos quatro mais a avó materna da aniversariante e seus pais – sem contar que não havíamos pedido nenhuma entrega. Sara, sendo prima da minha amiga e a mais velha entre nós, foi atender a porta enquanto esperávamos na cozinha.
Estava ficando preocupada, já tínhamos terminado uma partida de tabuleiro e ela não voltou. Joana, amiga de longa data da aniversariante, sai da roda dizendo que vai dar uma olhada lá na frente e eu vou junto. Quando chegamos na porta de entrada, encontramos Sara conversando com um homem vestido de Noel. Entendendo a situação, Joana, indiferente, volta à cozinha para contar o que viu. Enquanto isso, fui dar uma espiada na conversa que tanto durou em frente à porta, mas já era tarde, ele estava de saída quando cheguei, me cumprimentou e logo foi embora. Porta fechada e indo na direção dos que nos aguardavam, olho através da janela, situada ao lado da porta que dá para frente da casa, e vejo o homem vestido de Noel alçando voo com seu trenó e em seu rosto uma expressão tão serene que transparece a sua normalidade na situação. Já eu, acabei perdida e chocada e, sempre observadora, Sara tenta me acalmar, explicando o motivo dele ter vindo aqui: os ventos do norte se distraíram e derrubaram um instrumento que deixa o trenó leve. Conseguiu descer por aqui perto lembrando que havia descentes nessa região, bateu na porta certa por pura sorte e intuição e pediu uma pena da alma – instrumento do qual precisava – para Sara, uma descendente distante dele. Com a explicação dada, já estava mais calma, retornamos à festa e nos divertimos muito mais.
O tempo passou rápido e já eram seis da tarde, quando alguém bate na porta novamente. Como era uma festa do pijama, de novo, não havia motivos para que alguém viesse. Dessa vez, tendo perdido no jokenpô, fui ver quem era. Abri a porta e vi uma figura pálida de cabelos avermelhados com roupas pretas segurando uma vassoura de palha. Cumprimentei e ela o devolveu. Disse que precisava de uma folha chamuscada. Por sorte, eu a tinha em meu bolso e dei a ela. Logo em seguida me agradeceu, disse que devolveria esse presente com outro e seguiu viagem.
Quando voltei, não perguntaram nada sobre quem era ou o que queria, então deixei por assim. Nos divertimos até tarde da noite e fomos dormir. Na manhã seguinte, nós quatro acordadas estávamos tomando café quando Joana lembra que teve outra visita e pergunta para mim quem era. Contei a elas o que aconteceu comigo e rindo de mim perguntam como eu tinha essa tal de folha chamuscada, então respondo:
– Sou amiga da Menina de Verde, ela me presenteou com essa folha, achei tão linda que resolvi guardá-la comigo. E, como ela mesma disse, passei o presente para frente.
Um tanto atônitas, mas felizes voltamos para nossas casas.