Um lugar especial

   Oi oi oii!! Aya chegando!

  Voltei aqui para uma outra pequena grande aventura de poucas linhas. Gosto da ideia de ter pessoas lendo meus trabalhos, então se gostam do que faço, espero que compartilhem para poderem conversar comigo e seus amigos sobre meus textos! Bem é isso aí, vou começar agora.

No internato com Aya

  Estávamos eu e minha turma na quadra coberta. Era um local restrito, mas podíamos brincar de vários tipos de jogos. A última brincadeira em que participei, foi o bobinho de futebol. Me esforcei bastante para não ter que ir no meio, detestava ter que pegar a bola. Já cansada, fechamos o jogo sem um bobinho, a bola saiu para fora e não sabíamos se teve alguém que errou ou se o bobinho pegou. Agora que colocamos bancos, tapetes e almofadas espalhados no lugar, era mais divertido conversar do que ficar correndo e tropeçando. Eu entrei na rodinha das meninas. Não me sentia muito bem, estava exausta por ter jogado com os meninos antes e, ainda que conseguisse acompanhar a conversa e risadas das meninas, era muito difícil ficar ali, tanto que deixar meus olhos abertos já era algo que estava superando minhas expectativas. Como estávamos num internato e já era hora dos sinos tocarem, fomos para o quarto dormir. 

  Apesar de ser um quarto compartilhado, era extremamente aconchegante, o sol batendo na enorme janela fechada por cortinas vermelhas, e o vento fresco da primavera entrando com os sabores das frutas e flores. Enquanto todos já estão nas camas dormindo, um amigo próximo veio até a mim, para me contar que queria mostrar um lugar especial. Apesar de não ser permitido a saída dos alunos dos quartos após o som dos sinos, eu, sem dúvida, iria com ele, pois sabia que não ele estava mentindo. Com friozinho do mistério no ar me chamando para mais perto, saímos do quarto pela porta que desce os cinco degraus até o corredor e encontramos as duas portas além daquela que acabamos de sair: a porta no final do corredor, à direita de onde estamos, que vai direto para o pátio de lazer da qual saímos anteriormente; um pouco mais à esquerda, na parede à nossa frente, estava a porta pela qual passaríamos. No momento em que ele abriu, vi a mais bela ilusão de uma biblioteca. 

  Quando entrei, com a luz batendo nos meus olhos, pude ver uma maravilhosa biblioteca. Era limpa e organizada. Com estantes de madeiras, entalhadas por profissionais, embutidas nas paredes em formato de L da pequena sala, à esquerda da entrada. Na nossa direita, estava uma pequena janela na parte de cima da parede vermelha, com uma mesa retangular embutida, logo abaixo, onde estavam dois copos de suco de uva gelados, com a gota d’água escorrendo até o pequeno suporte do copo. Por fim, na parte mais funda do quarto, no lado oposto ao da entrada, estava um lindo quadro com uma bailarina se curvando ao terminar sua deslumbrante dança teatral. 

  Mais um passo adiante, a luz não estava mais em meus olhos, pude ver a real situação. Um minúsculo quarto com caixotes como suportes das estantes improvisadas, onde estavam alguns poucos livros e mais outras caixas, além de computadores velhos sem mais uso e mesas quebradas no final da sala iluminada pelas pequenas janelas com grades enferrujadas.

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