Dia de Santa Bárbara, 04 de dezembro

Oração de Santa Bárbara

“Santa Bárbara, que sois mais forte que as torres das fortalezas e a violência dos furacões, fazei que os raios não me atinjam, os trovões não me assustem e o troar dos canhões não me abalem a coragem e a bravura. Ficai sempre ao meu lado para que possa enfrentar de fronte erguida e rosto sereno todas as tempestades e batalhas de minha vida, para que, vencedor de todas as lutas, com a consciência do dever cumprido, possa agradecer a vós, minha protetora, e render graças a Deus, criador do céu, da terra e da natureza: este Deus que tem poder de dominar o furor das tempestades e abrandar a crueldade das guerras. Por Cristo, nosso Senhor. Amém.”

Em Criciúma, SC, Santa Bárbara é padroeira, protetora e guardiã da cidade. É ela quem  defende e protege durante os eventos climáticos mais assustadores, até onde a fé alcance.

Sua origem é controversa, mas conta-se que sua história se inicia onde hoje é Izmit na Turquia. No século III se chamava Nicomédia e pertencia a região de Bitínia. Era filha única de Dióscoro, um rico e nobre morador de Nicomédia. Seu pai não queria que Bárbara crescesse em meio a “sociedade corrupta de então” e prende sua filha numa torre, repetindo até certo ponto a história de Rapunzel.

 

Lá é instruída segundo a crença de seu pai com mestres de sua confiança. É da torre que observa, conhece os ciclos da natureza, os eventos climáticos, os animais e seus hábitos, aprende a lidar com a solidão, a questionar-se se tudo é obra de deuses da crença de seu povo ou se havia algo ou alguém por trás daquilo tudo? Por costume da época, quando atinge os 17 anos está pronta para casar. Ela sai da torre para receber pretendentes ao casamento. Por ser jovem e rica atrai muitos pretendentes, mas sua sagacidade não permite auto-enganos, identifica com facilidade os interesses, superficialidades neles e rejeita todos para desapontamento de seu pai. Dióscoro permite que sua filha conheça e interaja na cidade porque acredita que sua hostilidade seja pelo fato de Bárbara crescer sem contato com a comunidade local. Nesta, ela conversa os cristãos, com eles encontra resposta para suas indagações. O Deus Uno, Trino e o sacrifício de Jesus encantaram Bárbara que converte-se ao catolicismo, é batizada por um padre Alexandrino e se torna virtuosa e fervorosa em sua fé.

Dióscoro decide construir para Bárbara uma casa de banho numa torre com duas janelas e sai em viagem.  Quando seu pai retorna percebe  alterações no projeto e recebe a explicação, de Bárbara, que as três janelas homenageiam a Santíssima Trindade e a cruz no alto da torre significa o sacrifício de Cristo pela Humanidade. Ele fica furioso e a denuncia para o prefeito que a castiga em praça pública na tentativa que ela negasse a fé no cristianismo. Para surpresa de todos mantém-se firme mesmo sofrendo os mais duros castigos. Uma moça identificada como Juliana denuncia os nomes dos carrascos, a revelação dos nome é motivo de decapitação, e a jovem é condenada juntamente com Bárbara. Foram ambas arrastadas para fora da cidade e, no momento em que seu pai, Dióscoro, faz rolar sua cabeça, um raio riscou o céu e um enorme trovão foi ouvido. O povo, então, vê o corpo do pai caído sem vida atingido pelo raio.

Depois disso,  Santa Bárbara é invocada para proteção contra raios, trovões e tempestades. É também protetora dos mineiros e da artilharia.

Quando levantava no horizonte nuvens negras com aquele ventinho característico, pré-anunciando um vendaval, lembro de meu pai queimar folhas e galhos de Oliveira e Palmas benzidos em Dia de Ramos e guardados para serem usados ao longo do ano em situações em que exigiam a interferência divina. Lembro dele recitar orações em voz baixa e quando perguntei a quem ele rezava, me respondeu que “nessas horas precisamo chamá por Santa Bárbara, fia, ela acalma as tempestades.”

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Com o propósito de Conhecer, Entender e Aprender,

Ana Balesca